A saúde é resultado do equilíbrio da mente, corpo e ambiente. Com a correria do cotidiano, é muito comum que as pessoas enfrentem um grande número de situações estressantes, o que faz com que nem sempre este equilíbrio exista. E isto afeta, conseqüentemente, a saúde.
Diante de situações de estresse, o organismo libera uma grande quantidade de adrenalina, que é o hormônio produzido pelo corpo com a intenção de defesa. Sua liberação causa significativas mudanças no organismo, e em excesso, essas mudanças alteram o sistema circulatório e o respiratório. As conseqüências são os batimentos cardíacos acelerados e a respiração ofegante. Outros sintomas são a sudorese, a palidez e o descontrole da pressão arterial, tendo variação individual dos sintomas.
Após o momento estressante, o corpo volta a reagir normalmente. No entanto, se fatos que causam estresse forem constantes, outras conseqüências podem ser geradas. Sintomas como dor de cabeça, dificuldade de concentração, fome excessiva ou falta de apetite, desordens do sono, desânimo e depressão são os mais recorrentes. Quanto mais crônicos forem os sintomas, maior é o grau de estresse, e conseqüentemente, maior a dificuldade de recuperação.
Numa das fases mais avançadas de estresse, o organismo pode concentrar sua reação em um órgão vulnerável. Nos “profissionais da voz” como atores, cantores e professores, em que a voz é o principal instrumento de trabalho, o órgão mais vulnerável é a laringe. A relação entre estresse e voz pode gerar disfonia, além de tensão muscular e/ou falta de energia durante a fonação, rouquidão, perda da qualidade da voz.
As manifestações de estresse nos profissionais da voz interferem de forma significativa no desempenho de suas funções. Estas manifestações psicossomáticas prejudicam o complexo e sensível mecanismo de produção vocal.
Nos cantores, alguns fatores colaboram para a ocorrência dos sintomas de estresse, como: expectativa em relação aos shows ou problemas técnicos durante a performance; agenda intensa; tempo insuficiente para gravação em estúdio; repouso insuficiente; ausências freqüentes aos exercícios de treinamento vocal; pressão imposta pelos produtores, contratantes e empresários; alimentação inadequada; jornada vocal excessiva e excesso de viagens; e falta de condicionamento físico, resultando em fadiga generalizada especialmente nos dias que antecedem shows e gravações. Estas manifestações podem ocasionar um cansaço vocal, a diminuição da qualidade da voz, lesões vocais ou até mesmo a um colapso vocal (afonia) durante uma apresentação.
Nos professores, os sintomas de estresse podem surgir com o excesso de ruído em sala de aula, condições acústicas inadequadas, indisciplina dos alunos, pouca motivação pessoal, excesso de jornada de trabalho, didática repetitiva, falta de planejamento das aulas, problemas técnicos com equipamentos, falta de amplificação sonora e de perspectiva de ascensão profissional.
Estar bem com você mesmo, com a vida, com as pessoas queridas, enfim, estar em equilíbrio é o que define qualidade de vida. A forma como você se sente física e emocionalmente reflete diretamente na qualidade de sua voz. Qualidade de vida pressupõe hábitos saudáveis, cuidados com o corpo, atenção para a qualidade dos relacionamentos, balanço entre vida pessoal e profissional, tempo para lazer e saúde espiritual.
Ser competente na gestão da própria saúde e melhorar o estilo de vida deveria fazer parte das prioridades de todos. Reserve sempre na sua agenda um tempo para estar com alguém muito especial: você.
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